segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Restaurar



Escorre
Escoa
Esborra
Transborda
Transcende
À velocidade
Acende
Energiza
Transporta
Importa
Exporta
Limpa
Purifica
Exala
Ecoa
Do alto
Escoa
Cai
Que beleza!
Direciona-se ao mar
Oceano
Plano
Na onda 
Vai
Vem
Vai
Abriga, alimenta
Abriga alimento
Acalenta
Na areia
Alento
Paz
Ó, Deus
Por que foi maculada?
Torna-a novamente virgem
E com tão espesso hímem
Que nada mais polua
Estrague
Gaste
E que homem nenhum
Possa desvirginá-la
Água


Mariana Luz

2 comentários:

Campos-Henrique disse...

Pqp, quando eu tava escrevendo ECOS minha intenção era falar sobre a água e saiu "aquilo" aí vem tu e me esnoba e deixa boquiaberto,

Mas como tu sabias? Eu não te falei nada.

Fiquei boiando, ensopado, inundado, afogado, mas com a alma lavada.


Tu és porreta mesmo!

Humpf!!!

Campos-Henrique disse...

O último verso nem se faria necessário de tão límpido e cristalino que é teu poema.

Palpiteiro eu, neh?

Mil beijos!