sábado, 16 de outubro de 2010

Ao Poeta Quase Finito


Arrepende-te
Lamúrias, lástimas não são suficientes
Foi um ultraje, uma blasfêmia
Desgosto, morte, enfim 
Arrepende-te
Porque basta-te uma lágrima
Um estilhaçar de palhas
Impressionante, é assim 
Arrepende-te
Pois, por vinte longos anos
Por um simples, mero engano
Quase deu-se o teu fim 
Agradeça, afinal
Por não teres sucumbido
Por, enfim, teres vencido
O que antes te detinha
E agora, em simples linhas
Tu te tornas imortal


Mariana Luz

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