segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Abstrato (do Luh)



Um sentimento único
Esquecido
Abandonado na poeira do sótão
Complexo demais pra ser levado a sério
Quando o amor existe?
Quando ele é formado por princípios absolutos
Nada daquela coisa com uma tarja amarela
E uma letra “G” grande que está acessível a todos
Amor é composto
Amor é conjunto
Amor contém
Pra se ter amor precisa de pureza
Precisa ser amigo
Precisa respeitar
Compartilhar
Doar
Precisa que sejas responsável
Humildade nem se fala
Paciência é fundamento
Precisa ser fiel
Precisa ser cúmplice
Precisa saber rir
E chorar
Precisa estar perto
Mas longe também serve
Precisa estar vivo
Mas pode-se amar quem já morreu
Não pode ter idéias pré-concebidas
Precisa ser genuíno
Imaculado
Precisa de paixão
Esta até que é secundária
Porque se materializa
Toma corpo e forma
E torna-se propriedade
Concreto
Estátua
Eu gostaria muito de te ter comigo
Na minha casa
Em minha cama
Seria muito bom
Mas olha nossas diferenças
Sei que eu viveria uma paixão absurda ao teu lado
Esgotaria meus hormônios
E também minhas forças
Mas tudo que é concreto
Se esvai ao vento
Consome-se com o tempo
E morre
E no último suspiro
Aniquila o amor
Infelizmente o egoísmo é mais forte
E é alma gêmea da paixão
Não se largam
Por isso eu digo que te amo
Porque meu amor é abstrato
Tu não podes por tuas lindas mãos
Só pode contemplá-lo boquiaberta
Entendeu menina?

Um comentário:

Mariana Luz disse...

Honra é ter um destes escrito para você por um gênio inquestionável!
Amo, Luh...